"Corações que Correm, Cabeças que Amam" é o presente ideal para o Dia dos Namorados

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 Corações que Correm, Cabeças que Amam’ é o primeiro livro de poesia de Rita Gomes, autora portuense que faz a sua primeira incursão por este género literário. O livro, uma excelente sugestão para o Dia dos Namorados, nasce de uma “necessidade de partilha” e contempla a reflexão sobre viagens, físicas e simbólicas, e sobre o impacto que essas experiências tiveram na autora e na forma como ela vê e sente o amor, a liberdade, a simplicidade e o mar.

 



A menina que não lia, mas escrevia.

Nascida no Porto, em 1975, Rita Gomes, a mais nova de quatro irmãs, fez o seu percurso escolar, académico e profissional ligado ao desporto, para ‘desespero’ da mãe, professora, que sempre tentou encaminhar a filha para outras áreas. Em vão, já que a autora só sentia felicidade plena entre a natureza, a explorar, a andar de bicicleta ou a fazer incursões a pé pelo mato: “A minha mãe gastou a voz a chamar-me para vir para casa, estava sempre a brincar na rua”.

A sua génese ligada às ciências exatas marca, definitivamente, o modo como seleciona criteriosamente cada palavra no sentido de expressar com rigor tudo o que quer transmitir.

O prazer pela leitura veio já em adulta. No entanto, desde cedo a escrita, a música e a fotografia foram, para Rita Gomes, uma forma de expressão emocional, surgindo como a materialização segura de um conjunto de imagens e sentimentos amontoados, fruto de inúmeras viagens e outras tantas ‘pausas-entre-viagens’. “Viajar é uma fonte de inspiração natural e o regresso impõe-me, recorrentemente, uma reflexão introspetiva e disciplinada sobre o processo e as pessoas; a arquitetura e as cidades; os percursos, as bicicletas, o campo, o mar; o passado, o presente e a incerteza do futuro; a liberdade e a simplicidade; o autoconhecimento”.

 

A narrativa pessoal.

Uma das experiências mais marcantes da vida da autora, com claras influências na sua escrita, foi a participação num programa de voluntariado em Timor – ‘Férias em Português’ –, do Instituto de Camões. Através do desporto, Rita Gomes ensinou português aos meninos de Timor, uma ação que pretendeu “fomentar o êxito, valorizando as diferenças inerentes a cada formando, utilizando-as como fonte de recurso para um ensino mais rico, aberto e democrático”. Uma experiência que, de resto, resultou no seu primeiro livro editado, ‘A narrativa pessoal enquanto instrumento de investigação e de autoconhecimento’. Aliás, a autora defende o uso da narrativa “como ferramenta de evolução pessoal e profissional”.

 

No desporto, como na vida.

Assertiva, transparente, motivadora, segura e exigente, Rita Gomes viu no desporto o expoente máximo da realização pessoal e profissional. Professora, treinadora e mentora, teve sempre escassez de um precioso bem: o tempo. O livro Corações que Correm, Cabeças que Amam, acaba por nascer num período de transição da autora, num momento de paragem no intenso processo da alta competição, no qual Rita Gomes esteve envolvida nos últimos anos.

 

O traço poético de Tierri.

As ilustrações do Tierri Luís, que envolvem cada um dos textos do livro de Rita Gomes, surgem como a negação do cliché da moldura fotográfica e têm como objetivo proporcionar a ampliação exponencial de significados poéticos - a imensidão de cores, de formas, de sobreposições e de transparências, de expressões e de manipulações de imagens convergirão previsivelmente, para a construção do imaginário de cada leitor.

 

“Ensaio mais um parágrafo, falta-me a luz.
Detenho-me aqui e sou eu,

outra vez, apenas, só,
com o meu mar”

in “Corações que Correm, Cabeças que Amam”, Rita Gomes




 

O livro está à venda em livrarias e editores independentes, pode ser encomendado através do email ritagomesautora@gmail.com e tem o custo de 13,50 euros (valor que inclui portes de envio).

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