Aromas e Sabores de Pitões

"No norte de Portugal, respira-se o ar mais puro do País!" é o que afirma a maioria. Mas aquela pequena aldeia de Barroso, Pitões das Junias tem um ar ainda mais puro. "Aqui não há poluição" diz Fátima Rodrigues, a produtora do mel mais puro que já provei.

Com direito a assistir à extração do mel de silvas (porque é altura do ano, aqui respeita-se a sazonalidade, não por modas, não por publicidade, mas sim por respeitar o trabalho daquelas pequenas obreiras- as abelhas).
" Na altura da primavera, a Urze é a flor que domina os campos, tudo é roxo e as abelhas trabalham 10x mais rápido que no Outono. E nós aproveitamos essas primeiras extrações com elevadas percentagens de Urze, conseguindo um mel mais escuro e com uma complexidade de sabor superior à maioria".
Na verdade todo o mel que vi de Pitões, fosse de urze, de silvas ou mesmo de carvalho, era todo ele escuro, talvez pela altitude, talvez pela temperatura da colmeia, talvez pelo próprio tipo de abelha.



Para além de mel, têm também pólen. Pequenos granulados de puro açúcar natural, provenientes de cada flor, com cores variadas e um sabor seco, ao mesmo tempo floral e doce.
Após a extração do mel, os alvéolos são reaproveitados para serem colocados na colmeia e as paredes serem alisadas pelas próprias abelhas, nutrindo-as e dando mais força à comunidade. Após a limpeza, uma nova era de alvéolos e mel é produzido e tudo começa novamente como que um renascimento.


Se pudermos falar de respeito pelo produto, sustentabilidade, orgânico, natural ou biológico, isto sim é um exemplo. 
Agradeço todo o tempo e atenção  naquela tarde de Verão.
Gente assim e com esta visão é o que mais precisamos!