Chaminés do Palácio

04:35:00

Admito, fiquei impressionado com aquela vistosa fachada.
Estava eu a beber uma ginjinha na famosa Ginjinha do Largo de São Domingues (Rossio), pouso o copo, viro costas, dou 3 quatro passos largos para a frente e vejo um pequeno letreiro a dizer
"Chaminés do Palácio Rossio- Restaurante", levanto a cabeça e com um pouco mais de atenção olho para aquela enorme fachada de Palácio.

_Estou com fome, mas este provavelmente não seria o sitio ideal para jantar hoje _ pensava eu.
Apenas por curiosidade e com olhar critico decidi dar uma vista olhos no Zomato.
_ Apenas 30 € para duas pessoas?_ Grito espantado.

Começo a ver os menus, as fotos: Com doses bem preparadas; menu tipicamente Português, do norte ao sul do país incluído ilhas.


A curiosidade começa a aumentar.
Entro pela fachada a dentro, viro à direita e uma escadaria, bem ao estilo clássico, esbarra-me a visão por completo. Não havia mais por onde fugir, ao cimo uma pequena luz acolhedora, uma porta em madeira trabalhada e uns pequenos sofás a servir de esplanada.

_Vamos só dar uma vista de olhos. _ dizia eu já com o pé direito em cima do degrau e mão na maçaneta.

Quando dei por mim, já estava sentado numa pequena sala acolhedora (a primeira sala, dado as salas das chaminés, também elas muito engraçadas, já estarem ocupadas por grupos)  com um público na maioria estrangeiro acompanhados por doses bem servidas, bem empratadas e bem Portuguesas.
Pedimos a carta enquanto nos servimos das entradas. Facilmente sou conquistado pelo pão caseiro, ainda quente, fresco como que saído do forno. Tiro um pouco de manteiga, trinco um pouco aquela côdea estaladiça e começo a sorrir.

_Que pão fantástico, parece acabado de sair do forno_ Digo eu para o ar.
_Sim, foi feito à cerca de uma hora. É norma da casa fazer-mos pão à hora do almoço e jantar_ Responde o empregado.

Com uma carta de pratos portugueses muito bem escolhida e uma carta de vinhos diversificada ao gosto de qualquer estilo e carteira, foi fácil encontrar um casal perfeito para degustar.


Um de peixe e um de carne.
O Bacalhau com broa, em forma circular, montado com ajuda de um aro, era composto por várias camadas, ora de batata, ora bacalhau, ora cebola. À volta um pó de broa moída crocante. O sabor era equilibrado e aquelas folhas de salada e tomates cherry conferiam o equilíbrio certo para refrescar o prato.


A Alcatra à Terceirense acompanhada com batata doce, frita, em palitos, estava tenra e suculenta, com sabores simples mas bem representados por um molho de estufado mais liquido que cremoso.


À sobremesa, uma encharcada de Nós. O fruto seco dominava por completo o prato, deixando o açúcar para segundo plano e os pequenos pedaços de nós, infinitos dando alguma solidez e cremosidade. 
Só após terminar é que cai em mim e comecei a ver que era constante a passagem de pessoas para outras salas e para um pátio exterior. Curioso, dei uma vista de olhos. 
Se não fosse a minha gula naquele dia, acompanhado pelo cheiro do pão, muito provavelmente teria explorado um pouco mais este local fantástico e teria comida no pátio interno, bastante acolhedor, bem ao estilo do século XVII, com influencias árabes.




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