Um cartel, no Martim Moniz

14:52:00


Dia de encher a dispensa no Martim Moniz.

O sitio certo, para uma ida ao supermercado asiático, em plena Lisboa.
Especiarias indianas, massas chinesas, legumes japoneses, molhos fermentados...
Pego numa lata de água de coco na primeira loja e a partir daí, é descer a rua até esgotar a lista (Lista de Compras).

[19h00] : "Já comia qualquer coisa..."

Hoje não me está a apetecer um frito no Hua Ta Li, hoje apetece-me algo diferente.

Ao atravessar o largo do Martim Moniz de um centro comercial ao outro, começo a reparar naquelas bancas que no verão se enchem de gente ao fim da tarde, onde os Happy-hours são uma constante, fazendo deste sitio o local ideal para terminar um dia de trabalho cansativo e disfrutar.

Divagando por ali, vejo uma pequena banca com comida Sul-Americana...
El cartel. 

Origem: El Cartel
" Um bom nome para uma taqueria Sul Americana. " 
Mas não é uma taqueria qualquer. Talvez por medo de ser mal aceite por parte dos portugueses, ou mesmo por pura  ousadia, esta taqueria apresenta a ideia de tacos, nachos, farjitas com presenças Lusas. Já que falamos disso, deixem-me introduzir um pouco mais este local... Enquanto os dois chilly tacos são preparados, na hora, surge uma conversa de balcão. Descubro que a carta é de autor e este é um chef  conhecido [Chef Luís Filipe Domingos].
_ O chef também da workshops, se estiver interessado.
_ De comida Sul-americana ?_Faço a pergunta enquanto esfrego as mãos.
_ Não, de cocktails
_ Interessante !_mas não estou para aí virado, de momento.
A núvem da frigideira já surge por de trás do empregado, o ligeiro cheiro a feijão e carne já se começa a sentir. Em menos de 5min tenho dois tacos bem recheados com um pouco de salada à parte e uma pasta avinagrada a temperar. Pouso num barril que faz de mesa e acompanho a refeição com uma água de coco.

É verdade, tentei pegar nos tacos logo de início e dei uma trinca. 



Resultado: queimei a ponta da língua e metade caiu para o prato.

" Vamos tentar de outra maneira"
Começo por esvaziar o taco com o garfo, sem controlo, e comer o recheio aos poucos até atingir um tamanho adequado. Realmente o chilly é bom, picante o suficiente e com uma mistura entre a carne e o feijão com sucesso e condimentada de forma suave. A salada servia como que um refrescante e intensificador para as pupilas gustativas. Assim que me sinto com mais segurança, arrisco numa segunda tentativa de trincar os tacos da forma correta. 

Sucesso! Nem feijão no prato, nem nódoa nas calças, nem dedos para lamber. Com a bolacha ainda crocante, trincava com todo o gosto. 

Mas ainda não estava contente. Peguei no resto da salada, com aquele molho verde fantástico, e junto-o ao recheio do  taco, dando a este um sabor balanceado entre o fresco e o cremoso.

Valeu a pena, terminei as compras com um sorriso na cara e com vontade de experimentar o resto da ementa.


Agradável:
Molho da salada
Não tão agradável:
Língua queimada

Avaliação de Nabo (1 a3)
Atendimento: 2,5 Nabos
Preço / Qualidade: 2 Nabos

Ambiente: 1,5 Nabos
Confeção dos pratos: 2 Nabos
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